OS PERIGOS DA INTERNET
O mundo cibernético é realmente encantador quando pensamos em inovação e acessos a tudo em um piscar de olhos. Em tão pouco tempo, é realmente fantástico. Mas, como nem tudo é como um final de semana na praia com um tremendo sol, é preciso falar um pouco sobre os perigos e as fraudes mais comuns que vivenciamos atualmente na WEB.

Junto aos benefícios que a WEB pode nos propiciar estão pessoas não tão bem-intencionadas e com isso, golpes, vazamento de dados sigilosos, vírus e fake News, são alguns dos riscos da internet que tem se tornado cada vez mais comuns.
Por incrível que possa parecer, claro que sem ter consciência, a vítima é a principal contribuinte a para que pessoas mal-intencionadas coloquem em práticas os crimes cibernéticos.
De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, em 2021 o Brasil foi o 5º país do mundo que mais sofreu crimes cibernéticos.
Embora, todos estejamos sujeitos a situações desagradáveis na internet, é possível identificar através de estudos que os principais alvos para alguns tipos de cibercrime, são crianças e adolescentes.
De acordo com a matéria “Denúncias de crimes cometidos pela internet mais que dobram em 2020”, divulgada pelo G1, a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, parceria da ONG Safernet Brasil (entidade nacional no enfrentamento aos crimes e violações aos Direitos Humanos na Internet) com o Ministério Público Federal (MPF), recebeu um total de 156.692 notificações em 2020, e mais uma vez lideradas, pela pornografia infantil, com 98.244 notificações, contra 48.576 em 2019.
Dentre os crimes mais comuns, estão o cyberbullying, ou assédios virtuais, onde a tecnologia é utilizada para disseminar mensagens de ódio e constrangimento na internet, e por incrível que pareça, são reproduzidos por pessoas da mesma faixa de idade da vítima. Infelizmente, causa a vítima ataques com proporções gigantes, pois a velocidade na qual o os assédios se espalham, é incalculável.
Outra prática muito comum na internet atualmente é o aliciamento de menores, o chamado grooming, termo utilizado quando adultos ganham a confiança de menores para a prática de abuso sexual. O contato geralmente é iniciado por redes sociais e sala de bate papo, onde o criminoso finge ter a mesma faixa etária das vítimas e, com a oferta de presentes, acabam por atraí-las.
Mesmo não sendo tão conhecida pelo nome, outra prática cada vez mais comum de cyberbullying é a chamada Happy slapping, na qual o principal objetivo é a publicação de linchamentos online e até a divulgação de estupros coletivos.
Mais uma prática bem comum de cyberbullying é a chamada Sextorsão (em inglês sextorsion), onde a extorsão se dá a partir das ameaças de divulgação de supostos vídeos e fotos sexuais aos familiares, amigos, ambiente escolar, etc., porém muitas vezes esses conteúdos não existem, mas os criminosos utilizam diálogos extremamente convincentes para que a vítima acredite e ceda as chantagens.
Observe que independente do tipo de crime, os alvos na sua grande maioria, são crianças e adolescentes e por isso, a melhor maneira de evitar é expor de maneira clara e direta os riscos de contato com desconhecidos no mundo virtual.
Mostre a importância do não compartilhamento de qualquer tipo de informação pessoal, dando exemplos simples. Vemos na mídia o tempo todo casos de cyberbullying, por isso, compartilhar essas informações de maneira clara, objetiva e sem fazer da informação um terrorismo é fundamental, pois as crianças e adolescentes se sentirão incluídos e a mensagem será transmitida com clareza e transparência.
Utilizar recursos como ativação de “Controle dos Pais” ou” Family Link” nos e-mails e redes sociais criadas para crianças e adolescentes, pode auxiliar muito no controle dos acessos porém, até mesmo para ter essa relação de confiança é muito interessante informar que recursos como os mencionados estão em uso e mostrar que é para a segurança e não para invadir a privacidade.

Profª. Lusana Veríssimo
Gerente de Tecnologia Educacional